[Adapted lyric from the poem "As Fadas" by Antero de Quental]
As fadas...
Sao muito desconfiadas:
Quem as v nao h-de
rir
Querem elas que as respeitem
E nao gostam que as espreitem
Nem se lhes h-de mentir
Quem as ofende... cautela!
A
mais risonha, a mais bela
Torna-se logo tao m
Tao cruel, tao vingativa
inimiga agressiva
serpente que ali est
E tm
vinganas terrveis
Semeiam coisas horrveis
Que nascem logo do chao
Lnguas de fogo, que estalam
Sapos com asas, que
falam...
Quantas vezes j deitado
Mas sem sono, inda acordado
Me ponho a considerar
Que condao eu pediria
Se uma fada,
um belo dia
Me quisesse a mim fadar
O que eu seria?
As fadas... creia nelas!
Umas sao moas e belas,
Outras, velhas de
pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos...
Riem e cantam beira mar
Algumas em fonte
fria
Escondem-se enquanto dia
Saem s ao escurecer
Outras, debaixo da terra
Nas grutas verdes da serra
onde se vao
esconder
O vestir... sao tais riquezas
Que rainhas nem princesas
Nenhuma assim se vestiu
Porque as riquezas das
fadas
Sao sabidas e celebradas
Por toda a gente que as viu
Quando a noite clara e amena
E a lua vai mais
serena
Qualquer um... as pode espreitar